domingo, 21 de novembro de 2010

EIXO VIII


No oitavo semestre realizei o estágio curricular, com muitas as expectativas e ansiedade também, pois era minha primeira experiência em sala de aula. Experiência realizada com a turma do 4º ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental Guilherme Schmitt. Foram sete semestres de leituras e reflexões que permitiram muitos aprendizados. Era hora de colocar em prática, todas as aprendizagens adquiridas durante o curso. O Estágio é um momento de refletir, planejar, aplicar a partir das aprendizagens adquiridas durante curso. Para relacionar as teorias à prática, foi necessário que eu fizesse muitas leituras, planejamentos, observações, registros, reflexões. Também foram muitas as aprendizagens construídas juntos com meus alunos. Precisei aprender como ensinar meu aluno a aprender e transformar a sala de aula num espaço de aprendizagem.

Um grande desafio foi mediar às relações, pois a turma apresentava problemas de comportamento, com atitudes desrespeitosas um para com o outro, sendo necessária dedicação maior para trabalhar o respeito mútuo, valores, sentimentos, direitos e deveres de cada um, com apoio das leituras de Paulo Freire. Na medida em que os dias iam passando essas relações apresentavam melhora significativa, assim construímos laços afetivos com confiança, respeito e comprometimento, com base no diálogo e reflexões sobre nossas atitudes e ações. Assim cada dia conhecia mais de meus alunos, o que contribuía para o desenvolvimento de suas aprendizagens. Surgiram curiosidades a respeito das contribuições da afetividade no processo de ensino-aprendizagem dos alunos tornando-se o tema para meu TCC.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rever o Eixo VII, e ver em suas interdisciplinas as descobertas interessantes como, o funcionamento da Educação de Jovens e Adultos que até então pensava ser igual para todas as idades, mas que agora passo a compreender o que a EJA e como se deve atender esse público diferenciado, mas que tem os mesmos objetivos.

Mas destaco a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, pois refletir sobre a importância do uso de temas geradores na prática pedagógica a partir das idéias de Freire, como defensor de uma educação dialógica, trazendo como proposta uma prática problematizadora, onde o conteúdo se organiza e se constitui na visão de mundo dos educando, levando-os ao encontro de seus temas geradores, podendo desdobrar-se em outros tantos temas, provocando novas tarefas que devem ser cumpridas. Me fez compreender que a partir dos temas, que os alunos já trazem consigo e de suas relações com o mundo é possível buscar o conteúdo programático da educação, contribuindo para meu estágio curricular.

No texto “Planejamento: em busca de caminhos” de Maria Bernadete Castro Rodrigues compreendi que ao planejar deve-se aproximar a prática aos ideais e vice-versa e que “Um bom exercício é pensarmos quais são as nossas concepções, elegendo alguns eixos como sociedade, homem, conhecimento, educação, aprendizagem, currículo e cultura”.

A partir do texto de Hernández & Monteserra, conheci o trabalho da Pedagogia de Projetos com a proposta de ensinar o aluno a prender, a encontrar nexo, a estrutura, o problema que vincula a informação e que permite aprender independente do nível educativo. Contribuiu para minha prática de estágio, onde pude observar como os alunos podem aprender explicando os processos de transformação, estabelecendo relações causais e funcionais, ordenando e valorizando as informações e inferindo novos sentidos sobre os fatos e objetos estudados. Com uma proposta de trabalho coletivo, produzir conhecimento escolar, de maneira mais atraente, despertando a vontade de aprender.

Oi Roberta!
Realmente, eu não destaquei nenhuma interdisciplina, pois falei no geral, sendo que todas contribuíram para que eu compreendesse melhor como se dá o processo de formação do sujeito. Assim a contribuição para meu Tcc foi indireta, mas importante. O texto “Sobre a pedagogia” de KANT, oferecido na interdisciplina de Filosofia da Educação, fala da importância da educação e das relações para a formação do ser humano.
O homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz. Note-se que ele só pode receber tal educação de outros homens, os quais a receberam igualmente de outros. (...) Por isso, a educação não poderia dar um passo à frente a não ser pouco a pouco, e somente pode surgir um conceito da arte de educar na medida em que cada geração transmite suas experiências e seus conhecimentos à geração seguinte, a qual lhes acrescenta algo de seu e os transmite à geração que lhe segue. (...) não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação. Esse princípio é da máxima importância. De modo geral, os pais educam seus filhos para o mundo presente, ainda que seja corrupto. Ao contrário, deveriam dar-lhes uma educação melhor, para que possa acontecer um estado melhor no futuro. (KANT, 2002, p. 3; p.4 e p.5).