quarta-feira, 24 de junho de 2009

Valorização Étnica

A interdisciplina “Questões étnico-raciais na educação: sociologia e história” propôs para nós uma atividade para ser realizada com uma turma de alunos, construir um mosaico com figuras de pessoas representando diferentes etnias que fazem parte da nossa sociedade.
Foi interessante realizar esta atividade, e ao mesmo tempo em que relacionavam diferenças e semelhanças físicas, eles lembravam também as culturas, hábitos alimentares, religião.
Assim despertaram interesses de alguns alunos, que desconhecem suas origens, em fazer esta busca, a partir dos nomes de família, os sobrenomes dos avós, bisavós e tataravôs paternos e maternos.
A turma não apresentou nenhum tipo de preconceito em relação ao assunto, com a interação de todos. O convívio com estas diferenças é natural e tranqüilo entre os alunos dentro desta escola.
Esta atividade mostrou a importância de resgatar nossa história, nossas origens, e a escola é a porta que se abre viabilizando a construção deste processo de formar sujeitos capazes de construir uma sociedade igualitária, sem qualquer tipo de preconceitos onde as diferenças sejam respeitadas.
Para que esses temas sejam abordados com a intencionalidade de diminuir as diferenças e o preconceito é preciso que a escola e professores estejam preparados, para isso é necessário um comprometimento também dos governantes e da sociedade, com esta parceria buscar formação capaz de promover a conscientização, o respeito e a valorização étnica garantindo a continuidade destas culturas, tradições e saberes.
A partir da atividade do mosaico, foi possível perceber como a escola tem tratado estas questões. Iniciar este trabalho buscando a identidade de pertencimento é uma maneira de evidenciar a diversidade étnica de que é formada a população da nossa localidade.
A partir daí fica mais fácil e envolvente trabalhar a influência da cultura afro e indígena.
O texto Dimensões da Expressão Afro-Cultural de Ms. Marilene Leal Pare, merece destaque da afirmação que a Dra. em Educação da Emory, Universidade dos Estados Unidos, no curso promovido pelo NAP (letras- UFRGS) “que os professores devem ser orientados no sentido de entender as culturas, mudar as crenças preconceituosas que eles têm sobre os alunos, de modo a descobrirem o gênio que há dentro de cada criança”,
A partir das leituras dos textos, compreendi que para nós educadores é de fundamental importância olhar para a multiculturalidade que existe em nossas salas de aula, que devemos ser sensíveis e repensar o ser professor, usar a criatividade em criar meios para atender as essências contidas nas vozes dos alunos afro-brasileiros e de todos os alunos que sente qual quer tipo de discriminação.

Educação X Barbáries

A interdisciplina de filosofia trousse textos bastante importantes que me levou as reflexões muito significativas e esclarecedoras sobre as barbáries que ocorrem ainda hoje pelo mundo. A responsabilidade e ao mesmo tempo esperança que se deposita na educação assusta um pouco quem trabalha nela, pois sabemos das dificuldades que a escola vem enfrentando com a falta de disciplina, com o baixo rendimento nas aprendizagens e a violência dos alunos afetam as relações sociais.
Para Kant “a educação e a instrução devem ser apoiadas em alguns princípios como o da Disciplina, Cultura, Educação, Moralidade, Ensinamento, Raciocínio; Estudos; Ciência e um princípio de pedagogia, o qual os homens propõem planos para arte de educar as crianças para um estado melhor no futuro com idéia de humanidade e de sua inteira destinação”.
Adorno vê a educação em dois aspectos, primeiro, na educação infantil, na primeira infância, depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social. Uma educação voltada para a auto-reflexão crítica. Formar grupos educacionais que promover a conscientização geral desses mecanismos.
É necessário propor aos nossos alunos que aprendam a pensar, e a partir daí construir uma sociedade mais justa e igualitária, livres de qual quer tipo de selvageria ou barbáries. Preocupando-se em “ser” e não em “ter”.

Desafio

Portifolio EAU Salão EAD
Aceitar o convite para assistir a apresentação das colegas do Pólo de TC e de outros Pólos na Semana Acadêmica da Universidade, no Salão EAD possibilitou uma compreensão maior do que o EAD tem a nos oferecer.
Infelizmente não fui tão corajosa quanto nossas colegas, que fizeram uma bonita apresentação. Parabéns meninas.

Desenvolvimento e Aprendizagem

A partir dos estudos da interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem Sob o Enfoque da Psicologia II, das epistemologias genéticas, passo a conhecer sobre; como acontece o processo de aprendizagens do sujeito e o quanto é determinante para sua formação.
Com a leitura do texto “Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos” de Fernando Becker, perceber a diferença que existe entre conhecimento e a aprendizagem e como realmente acontece para a formação de sujeitos críticos nesta relação professor/aluno em nossas salas de aula.
Segundo Becker “é a ação do sujeito que constrói este novo e fascinante mundo: o mundo do conhecimento – como forma e como conteúdo”.
Para Pieget para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele, modificar, transformar o objeto, compreender o processo dessa transformação e consequentemente compreenderem o modo como o objeto é construído.
Segundo Pieget (1983, p.236), o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores. A partir do nascimento, inicia-se o desenvolvimento cognitivo e todas as construções do sujeito servem de base a outras.
Realizar esta experiência aplicando o método clínico, analisando uma criança para identificá-la dentro de um dos estádios do desenvolvimento cognitivo, da teoria de Piaget, compreendendo que as intervenções são necessárias para poder evoluir na construção de novos conceitos e a interação professor aluno na construção do conhecimento. Aprendi que no estádio pré-operatório o sujeito tem registros fotográficos e depois passa para o operatório-concreto com registros como filmagens, acompanhando o desenvolvimento, esclarecendo seu significado, sempre guiado pela tentativa de descobrir significados as ações e explicações da criança, numa intervenção flexível e sensível ao que a criança está fazendo.
Hoje, depois da leitura dos textos, começo a ter outro entendimento. Poder compreender esses comportamentos como parte de um processo do desenvolvimento moral, social, psicológico na aprendizagem aponta para a possibilidade de interferência no sentido de auxiliar nesse processo.

domingo, 21 de junho de 2009

Educ. de Pessoas com Necessidades Educ. Especiais

A partir das leituras dos textos que a interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais nos oportunizou uma reflexão sobre inclusão, mostrou o quanto sou leigo no assunto, percebi a dificuldade que é para eu falar sobre este tema tão delicado, a urgência de abordar sobre o mesmo, vencer o medo, fazer questionamentos, refletir, romper preconceitos, sanar dúvidas, e inseguranças para trabalhar a inclusão, sejam em casa, na escola ou na sociedade. Compreender o objetivo da interdisciplina de desacomodar lançando alguns desafios para a turma, mostrando o quanto é importante e necessário ter o conhecimento dos mesmos para que sejamos capazes de tornar possível um trabalho com qualidade não foi fácil. Acredito na possibilidade da inclusão escolar, para atender as expectativas e alcançar aprendizagens significativas, as orientações que recebemos aqui aponta alguns caminhos para buscar maior comprometimento junto aos governantes para dar suporte às escolas e as famílias na realização deste trabalho, que é árduo e com resultados em longo prazo. A falta de informação e de formação, a falta de vivência e de experiência nas práticas pedagógicas, a falta de interesse por parte do poder público, dos que fazem as leis, mas não as cumprem, dificulta e muito na realização deste trabalho. Aprender sobre as diferenças, faz com que conhecemos e respeitamos este mundo e suas particularidades. No texto "História, Deficiência e Educação Especial" de Arlete A. B. Miranda, diz que: "É interessante considerar que os serviços especializados e o atendimento das necessidades específicas dos alunos garantidos pela lei estão muito longe de serem alcançados. Identificamos, no interior da escola, a carência de recursos pedagógicos e a fragilidade da formação dos professores para lidar com essa clientela." E no texto, A Inclusão e Seus Sentidos: Entre Edifícios e Tendas do profº Cláudio R. Baptista, "a intervenção pedagógica, as instituições, as políticas e as diferenças deva transcender os limites da educação especial".Um parágrafo do texto, Atendimento educacional especializado - concepção, princípios e aspectos organizacionais, de Denise de Oliveira Alves e Marlene de Oliveira Gotti, entre tantos outros, me chamou atenção, e cabe trazer para cá, "Para a transformação dos sistemas educacionais com vistas à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é necessário e urgente a eliminação de barreiras atitudinais, revisão conceitual esta, que se materializa a partir de uma mudança na gestão da educação, da aplicação da legislação, do investimento na formação inicial e continuada de professores, bem como da oferta de atendimento educacional especializado para todos os alunos que dele necessitem". Diante dessas falas é preciso que façamos uma análise crítica da escola que temos e mudar a cultura e as práticas para exercitar a cidadania de todos os aprendizes. São necessárias muitas transformações para que as instituições especializadas sirvam apenas de apoio ao ensino regular. Este é um processo lento, mas se dermos um passo de cada vez podemos alcançar a tão sonhada escola inclusiva que oportunize aos alunos deficientes ou não exercer sua cidadania de direito dentro da sociedade. Com tantos esclarecimentos posso compreender muitos comportamentos e ações antes não compreendidos,